Objetivo:
Realizar um exercício de olhar o passado e o presente, que suscite a reflexão sobre o tema globalização, cultura e identidade; sobre como o contato com dinâmicas e fatos culturais de outras regiões afetam a cultura local, sem necessariamente destruí-la; e sobre a importância da preservação do patrimônio, para garantir que as identidades locais sejam enriquecidas e que as dinâmicas culturais sejam respeitadas.
Metodologia:
A oficina terá como base os sons coletados na pesquisa Itinerário Musical do Nordeste, realizada em 1976 e 1977 pela Fundação Joaquim Nabuco, em parceria com o Instituto de Etnomusicologia e Folclore de Caracas, em especial das toadas de Cego e José Oliveira; das incelências e dos sons de Reisado; da Banda Cabaçal da família Gomes Soares e do Maneiro Pau, coletados no ano de 1976, em Juazeiro do Norte (CE), promovendo o encontro dos ritmos e instrumentos de raiz, com a utilização de samplers, sintetizadores e vitrola. Ao final da Oficina, o resultado será apresentado no lançamento inédito do kit Itinerário Musical do Nordeste, na abertura da 13ª Mostra Arte e Cultura do Juazeiro do Sesc, na Praça Padre Cícero, em Juazeiro do Norte.
DJ Dolores (PE), através de percussão programada em computadores, samplers e remixes, faz música para o mundo. Um dos precursores da nova cena musical pernambucana, na década de 80, Hélder Aragão, sergipano de Propriá, tem hoje uma extensa discografia, que inclui CDs de composição própria, remixes e trilhas sonoras para cinema, teatro e dança. O DJ Dolores foca seu turntable na música eletrônica feita nas periferias do mundo. Banghra, kuduro, funk carioca ou reggaeton são nomes de alguns estilos que passam por seu set, apresentado nos principais festivais de música da Europa, como Glastonbury Festival e Womad (ambos da Inglaterra), Cactus Festival (Bélgica), Jazz Festival (Dinamarca), Montreaux (Suíça), Rock Art (França) ou Meco Dance (Portugal), dividindo palco com nomes relevantes da música contemporânea, como Bjork, Moby, Chemical Brothers e Elvis Costello; remixou músicas de Bob Marley, sendo ainda pioneiro no uso da licença Creative Commons no Brasil, ao fazer um remix de “Oslodum” (Gilberto Gil), música da qual o artista-ministro abriu mão da cobrança dos direitos autorais. Assinou a trilha sonora do filme e da peça A Máquina de João Falcão e de filmes, como O Rap do Pequeno Príncipe Contra As Almas Sebosas, Clandestina Felicidade, Simião Martiniano – O Camelô do Cinema e Narradores de Javé; ganhou prêmios, como o BBC Awards (2004) na categoria “club global” (música eletrônica) e o prêmio Tim (2006) conquistado na categoria música eletrônica. Hélder Aragão é um alquimista do som, fazendo a fusão de elementos humanos e digitais. Com a mixagem de elementos aparentemente díspares, Hélder promove o encontro de ritmos e instrumentos regionais, como rabeca com bateria eletrônica; scratches com tambores de maracatu; drum'n'bass com levadas de coco.
Público alvo: músicos e artistas locais.
Horário: das 14h às 18h
Nº de vagas: 15 vagas, gratuito, com certificado de participação.
Inscrições: Museu do Homem do Nordeste
educativo.museudohomem@fundaj.gov.br
(81) 3073 6333, com Silvia Brasileiro
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