terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Coitadinho do Homem-Aranha da Broadway '-'

O ator Reeve Carney, que interpreta Peter Parker no espetáculo Spider-Man: Turn Off the Dark posa ao lado de cartaz no Hudson Theatre de Nova York
O ator Reeve Carney, que interpreta Peter Parker no espetáculo "Spider-Man: Turn Off the Dark" posa ao lado de cartaz no Hudson Theatre de Nova York



NOVA YORK (Reuters) - O musical já teve sua estreia adiada cinco vezes, foi prejudicado por lesões de vários membros do elenco e virou alvo de piadas. Agora, o espetáculo mais caro já encenado na Broadway, "Spider-Man", foi resenhado pelos críticos e universalmente desancado.
Os críticos vinham respeitando a tradição, esperando para escrever resenhas sobre o musical de 65 milhões de dólares "Spider-Man: Turn Off the Dark", porque o espetáculo ainda está fazendo suas pré-estreias e não estava previsto para ser lançado formalmente até 15 de março.
Mas, com a noite de abertura incerta e os produtores cobrando até 277 dólares por um lugar, os críticos decidiram não esperar mais e, na terça-feira, resenharam o musical, numa aparente disputa para ver quem poderia desancá-lo mais impiedosamente.
As acrobacias aéreas inusitadas e espetaculares que são responsáveis por uma parte tão grande dos custos do show não conseguiram salvar a trama incompreensível, as cenas destituídas de graça e as canções que não agradaram, segundo os críticos.
O New York Times concluiu que o musical "está tão seriamente roto que não há como consertá-lo."
"A pura e simples inépcia deste espetáculo, inspirado nas HQs do Homem-Aranha, deixa de chocar pouco depois de seu início. Após 15 ou 20 minutos, a pergunta principal que você não para de se fazer provavelmente mudará de 'como 65 milhões de dólares podem parecer tão baratos?' para 'quanto tempo vai levar para eu conseguir sair daqui?'", disse o crítico Ben Brantley, do jornal.





Justin Lane / EFE
Vista externa do Foxwoods Theater, onde é encenado o musical do Homem-Aranha


Sob a manchete "Voa e destoa", o New York Post disse que as cenas aéreas são "impressionantes", mas que o musical é "errático" com cenas de tirar o fôlego seguidas por outras que são risíveis.
O Washington Post relegou o espetáculo de duas horas e 50 minutos de duração ao "subsolo mais escuro do teatro musical americano."
"Se você vai gastar 65 milhões de dólares e não acabar criando o melhor musical de todos os tempos, deve haver uma distinção perversa em criar um dos piores", escreveu Peter Marks, do Washington Post.
Para o New York Daily News, o espetáculo estava "morto na chegada."
"O que vi foi uma produção grande que parte em muitas direções e que necessita de muito trabalho para se tornar divertida, satisfatória e compreensível", escreveu Joe Dziemianowicz, do Daily News.
A despeito da publicidade negativa que cerca o custo, os adiamentos e as quatro lesões sofridas por atores e membros da equipe técnica, o musical vem se saindo bem na bilheteria, tendo ficado em primeiro lugar em algumas semanas.
Membros do público que assistiram ao show disseram que são fãs da franquia e não se importam com as críticas. (Christine Kearney)

Fonte: http://www.uol.com.br

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